quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Crowdfunding


Crowdfunding é um financiamento coletivo, ou seja, uma arrecadação de recursos para viabilizar um projeto por meio da participação de múltiplas fontes. Em geral, participam deste processo pessoas físicas interessadas na iniciativa, mas, dependendo do objetivo, as empresas também podem aderir.
Inspirada nos tradicionais levantamentos de doações para ações filantrópicas, a prática foi redesenhada nos últimos anos e acolhida por novos empreendedores no mundo todo – principalmente no universo das startups.
Os principais tipos de crowdfunding são: doação (sem contrapartida para os participantes), empréstimo (há devolução do dinheiro arrecadado), retribuição (o doador recebe uma recompensa, que pode ser o próprio produto) e participação/equity (o solicitante cede uma parte do seu negócio aos participantes).
No Brasil, as modalidades mais populares são as de doação e retribuição, pois o empréstimo está sujeito à legislação bancária, segundo Cássio Spina, fundador da Anjos do Brasil, organização sem fins lucrativos voltada à promoção do investimento-anjo no país. “O crowdfunding é uma ferramenta muito boa para se levantar valores relativamente pequenos, normalmente entre R$ 500 e R$ 5 mil, além de validar se o produto oferecido desperta interesse do público”, afirma o especialista.
“Já a principal desvantagem é ter de abrir as informações que permitem que algum potencial concorrente copie a ideia, mas se pensar que o mais importante é a execução, isso não fará muita diferença”, acrescenta.
Os financiamentos coletivos são adequados tanto para projetos sociais quanto para os de produtos, mas a atração de investidores depende do empreendimento. Os crowdfundings de produtos devem ter um escopo bem definido e limitado, de fácil entendimento e atraente para o público em geral. Para isso, diz Spina, eles devem apresentar alguma inovação ou diferencial.
Entre os vários casos de sucesso deste tipo de levantamento de recursos no Brasil está o de um grupo de fãs de uma banda internacional, que conseguiu arrecadar o valor do cachê para que o grupo se apresentasse na sua cidade. Por outro lado, os insucessos se devem, geralmente, à divulgação malfeita. “Não adianta apenas publicar seu pedido. É necessário divulgá-lo para suas redes de amigos e conhecidos”, alerta o especialista.

Em sua opinião, o crowdfunding tem muito potencial para crescer, mas ainda existem muitos desafios, especialmente para a modalidade de participação/equity. “Nosso mercado não é tão maduro quanto o dos Estados Unidos e da Europa para este tipo de prática. Desta forma, ainda temos de trabalhar para a disseminação de conhecimento sobre o tema”, finaliza.

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