Inspirada nos tradicionais levantamentos
de doações para ações filantrópicas, a prática foi redesenhada nos
últimos anos e acolhida por novos empreendedores no mundo todo –
principalmente no universo das startups.
Os principais tipos de crowdfunding são:
doação (sem contrapartida para os participantes), empréstimo (há
devolução do dinheiro arrecadado), retribuição (o doador recebe uma
recompensa, que pode ser o próprio produto) e participação/equity (o
solicitante cede uma parte do seu negócio aos participantes).
No Brasil, as modalidades mais populares
são as de doação e retribuição, pois o empréstimo está sujeito à
legislação bancária, segundo Cássio Spina, fundador da Anjos do Brasil, organização
sem fins lucrativos voltada à promoção do investimento-anjo no país. “O
crowdfunding é uma ferramenta muito boa para se levantar valores
relativamente pequenos, normalmente entre R$ 500 e R$ 5 mil, além de
validar se o produto oferecido desperta interesse do público”, afirma o
especialista.
“Já a principal desvantagem é ter de
abrir as informações que permitem que algum potencial concorrente copie a
ideia, mas se pensar que o mais importante é a execução, isso não fará
muita diferença”, acrescenta.
Os financiamentos coletivos são
adequados tanto para projetos sociais quanto para os de produtos, mas a
atração de investidores depende do empreendimento. Os crowdfundings de
produtos devem ter um escopo bem definido e limitado, de fácil
entendimento e atraente para o público em geral. Para isso, diz Spina,
eles devem apresentar alguma inovação ou diferencial.
Entre os vários casos de sucesso deste
tipo de levantamento de recursos no Brasil está o de um grupo de fãs de
uma banda internacional, que conseguiu arrecadar o valor do cachê para
que o grupo se apresentasse na sua cidade. Por outro lado, os insucessos
se devem, geralmente, à divulgação malfeita. “Não adianta apenas
publicar seu pedido. É necessário divulgá-lo para suas redes de amigos e
conhecidos”, alerta o especialista.
Em sua opinião, o crowdfunding tem muito potencial para crescer, mas ainda existem muitos desafios, especialmente para a modalidade de participação/equity. “Nosso mercado não é tão maduro quanto o dos Estados Unidos e da Europa para este tipo de prática. Desta forma, ainda temos de trabalhar para a disseminação de conhecimento sobre o tema”, finaliza.
Em sua opinião, o crowdfunding tem muito potencial para crescer, mas ainda existem muitos desafios, especialmente para a modalidade de participação/equity. “Nosso mercado não é tão maduro quanto o dos Estados Unidos e da Europa para este tipo de prática. Desta forma, ainda temos de trabalhar para a disseminação de conhecimento sobre o tema”, finaliza.
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